Novos dentistas a cada ano no Brasil

Como já abordado anteriormente em outro post, é preciso ter cuidado com análises que utilizam números absolutos. Muitas vezes dados que parecem impressionantes podem simplesmente não ser informação tão valiosa assim.

Traremos aqui uma visualização que ajuda a entender melhor o número de novos dentistas inscritos em cada estado, nos últimos 20 anos. Para agregar mais informação aos números, dividimos a quantidade de novos inscritos pela populaçao de cada estado naquele ano. Dessa forma, saberemos quantos novos dentistas por habitantes estão entrando no mercado de trabalho. O número de inscritos nos CRO’s foi utilizado já que ao terminar a faculdade de Odontologia, devido a lei brasileira, a pessoa só poderar exercer a profissão caso se inscreva no CRO do respectivo estado.

Podemos notar que nos últimos 10 anos os estados do Norte aparecem com bastante frequência no topo da lista. Já dentre os estados do Sul, nesse mesmo periodo, apenas Santa Catarina aparece com frequência. O Distrito Federal é a UF que aparece por mais tempo em primeiro lugar. Vale ressaltar que o Distrito Federal tem diversas peculiaridadese e é sempre importante ter muita cautela ao fazer qualquer comparação com os estados.

Vamos agrupar os estados por região e observar se essas possíveis tendências se confirmarm. Desta vez utilizaremos um gráfico de linhas, já que o menor número de variáveis permite uma visualização mais intuitiva.

Parece que a região norte não se destaca tanto assim no período, quando analisada em conjunto. E a região Centro-Oeste ficou no topo, na maior parte do tempo. Isso acontece porque estamos levando em consideração as populações, e nesse caso há estados que influenciam muito na contabilização geral da região. Como é o caso do Pará, que concentra mais de 40% da população de toda a região Norte, mas que conta com baixos índices de novos incritos em relação à população. Isso “puxa” os números da região Norte para baixo. 

É interessante notar as variações nos anos de 2019, 2020 e 2021. Onde as regiões parecem não ter mudado muito de posição. Pode ser um efeito da pandemia de coronavírus, que junto com as medidas restritivas fez com que não houvesse muitas alterações no número de faculdades, assim como mostrou uma compensação em 2021 das pessoas que não conseguiram se formar em 2020. 

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